sábado, 13 de agosto de 2011

Tempo de férias deveria ser algo maravilhoso mas, infelizmente...na nossa vida há sempre algo que se repete por mais que nós não queiramos...há muitas coisas com as quais não me sinto bem..uma delas é ter de novamente olhar, cheirar e rever momentos vividos dentro destas paredes de hospital...portanto desejo a todos... umas férias longe, se possível, deste local!  Boas Férias para todos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Já há muito tempo que não passava por aqui...e, como hoje estou a dormir em cama estranha, resolvi escrever, para "matar o tempo". Lembrei-me de remexer nas gavetas em busca de algo que me fizesse parar no tempo e, por um mero acaso, encontrei um postal bem velhinho...O que me chamou mais a atenção foi o bonito poema nele transcrito:


"Pode ser que um dia deixemos de nos falar... 
Mas, enquanto houver amizade,
 
Faremos as pazes de novo.
 

Pode ser que um dia o tempo passe...
 
Mas, se a amizade permanecer,
 
Um do outro se há-de lembrar.
 

Pode ser que um dia nos afastemos...
 
Mas, se formos amigos de verdade,
 
A amizade nos reaproximará.
 

Pode ser que um dia não mais existamos...
 
Mas, se ainda sobrar amizade,
 
Nasceremos de novo, um para o outro.
 

Pode ser que um dia tudo acabe...
 
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
 
Cada vez de forma diferente.
 
Sendo único e inesquecível cada momento
 
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
 

Há duas formas para viver a sua vida:
 
Uma é acreditar que não existe milagre.
 
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
"


quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hoje senti a necessidade de acordar e de espreitar o sol a nascer...não há palavras, adjectivos ou simplesmente advérbios para descrever o que senti ao visionar tal acto de pura magia...e, depois do "clic", aqui ficou registado...o meu nascer do sol! Espero que gostem e façam como eu...experimentem um dia acordar cedo...para espreitarem o sol!



quinta-feira, 16 de junho de 2011

                                                                                                          By me...
  A música ligada ao estado de alma...             
                                    
                             Alma e Realidade, Duas Paisagens Sobrepostas
             Em todo o momento de actividade mental acontece em nós um duplo fenómeno de percepção: ao mesmo tempo que temos consciência de um estado de alma, temos diante de nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepção.
          Todo o estado de alma é uma passagem. Isto é, todo o estado de alma é não só representável por uma paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós, uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E - mesmo que se não queira admitir que todo o estado de alma é uma paisagem - pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser "Há sol nos meus pensamentos", ninguém compreenderá que os meus pensamentos são tristes.
           Assim, tendo nós, ao mesmo tempo, consciência do exterior e do nosso espírito, e sendo o nosso espírito uma paisagem, temos ao mesmo tempo consciência de duas paisagens. Ora, essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo - num dia de sol uma alma triste não pode estar tão triste como num dia de chuva - e, também, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma - é de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que «na ausência da amada o sol não brilha», e outras coisas assim. De maneira que a arte que queira representar bem a realidade terá de a dar através duma representação simultânea da paisagem interior e da paisagem exterior. Resulta que terá de tentar dar uma intersecção de duas paisagens. Têm de ser duas paisagens, mas pode ser - não se querendo admitir que um estado de alma é uma paisagem - que se queira simplesmente interseccionar um estado de alma (puro e simples sentimento) com a paisagem exterior. [...]

quarta-feira, 15 de junho de 2011


     Hoje, como todos os dias…andei a espreitar os livros da livraria…o gosto pela leitura já vem de longe! Desde os tempos dos contos de fadas, bruxas más e príncipes encantados que me senti perdidamente apaixonada pelo chamamento das letras…e, como sinal desse encantamento aqui está um belíssimo poema de autoria de Oswaldo Montenegro…com o qual me identifico bastante…Claro está que fiz uma pequena modificação…mas, só no que diz respeito às palavras no feminino…com as quais me pronuncio.




METADE

“Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca;
 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a pessoa que eu amo seja pra sempre amada
 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta
 
A uma mulher inundada de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflicta em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é plateia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada
 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também.”

Reciclagem da Vida...

Reciclagem de vida 




Não sei se a vida se recicla.
 

Não, talvez não.
 

Mesmo se após um tempo de reflexão decidimos
 

mudar a nossa vida,
 

seremos sempre nós mesmos no fim.
 

Mudados, mas nós.
 

Com todas as marcas e cicatrizes para que não
 

nos esqueçamos do que fomos.
 

Sabemos que jamais poderemos recolar os

pedaços das coisas vividas e construir novas.
 

Colchas de retalhos são muito bonitas,
 

mas não passam de colchas de retalhos.
 

Remendam-se panos,
 

recola-se papel ou vidro,
 

mas não se remenda vidas,
 

não se recola momentos passados,
 

coisas que deixamos para trás.
 

Recomeçar? Sim.
 

Recomeçar é possível,
 

mesmo (e felizmente!) se
 

já não somos os mesmos.
 

Aprendemos, à custa da dor,
 

mas aprendemos.
 

Não cometeremos duas vezes os mesmos erros,
 

não beberemos a mesma água.
 

Durante anos vivemos como se não tivéssemos
 

outras alternativas.
 

A vida é assim... é o destino.
 

Mas somos nós que fazemos o nosso destino.

As nossas prioridades,
 

escolhemos e aprendemos a viver com elas.
 

E só depois, mais tarde,
 

é que nos questionamos sobre o fundamento
 

das nossas escolhas.
 

Há pessoas que acham que é tarde demais para
 

mudar e continuam na mesma linha,
 

mesmo que conscientes de que talvez esse, não
 

tenha sido o melhor caminho.
 

Homens e mulheres que se mataram a vida
 

toda para ganhar dinheiro,
 

terminam muitas vezes a vida sozinhos,
 

cheios de dinheiro,
 

vazios de amor.
 

E felizes são aqueles que descobrem que ainda
 

é tempo para fazer alguma coisa.
 

E que podem redefinir as próprias prioridades
 

e assumi-las.
 

Vai doer, mas vai valer a pena,
 

porque no fim das contas vamos ter a consciência tranquila de que tentamos.
 

Um dos piores sentimentos que existe é o de não poder recapturar um momento que gostaríamos
 

que tivesse sido diferente.
 

O eu de hoje não teria feito isto ou aquilo,
 

mas o que eu sabia ontem
 

não é o mesmo que sei agora.
 

Se soubesse,
 

teria cometido menos erros.
 

Mas temos um Deus tão bom e tão grande que
 

nos  está sempre a oferecer a oportunidade
 

de nos redimirmos e fazermos novas escolhas.
 

E agora? Agora sabemos.
 

Não vamos por atalhos.
 

Eles podem ser atraentes,
 

mas irão impedir-nos de aproveitarmos as
 

belezas da jornada.
 

O caminho da vida é bonito,
 

apesar de ser mais difícil para uns
 

do que para outros.
 

Mas é bonito se soubermos tirar o máximo do que é bom.
 

Noites escuras podem nos fazer ver mais
 

claramente as estrelas.
 

Só veremos o nascer do sol se acordarmos cedo.
 

Coisas simples que a natureza nos ensina.
 

Reciclagem de vida?
 

Talvez sim.
 

Talvez sejamos, no fim das contas,
 

uma colcha de retalhos da vida.
 

Mas que sejamos então uma bela colcha nova
 

a enfeitar um quarto,
 

um coração, talvez muitos… mas mesmo, muitos corações e muitas vidas, a começar por nós mesmos.
        By Letícia Thompson… com a adaptação de Margarida Abrunhosa

domingo, 10 de abril de 2011


Ontem alguém me dizia:" Sónia, isto é o paraíso!", e é bem verdade...hoje, pude constatar isso mesmo! Peguei na minha égua e nos meus cães...e, lá fui eu por esses vales saudosos de ver gente. A paisagem, o chilrear dos pássaros e a alegria das cores existentes nos vinhedos e olivais, tornam-na de facto, uma beleza única! É uma sensação tão agradável...que só o simples prazer de estar a sentir a brisa do vento seco, a passear  nos meus cabelos...fez com que eu ficasse como que anestesiada...e, ao mesmo tempo, aliviada! ...
Aconselho vivamente esta terapia a qualquer ser mortal...a vida é tão curta...por isso, todos os momentos, vividos no meio da natureza...são uma preciosidade!











































quinta-feira, 31 de março de 2011

Mais um dia... para recordar...aqueles tempos em que a vovó fazia aqueles deliciosos queijinhos de ovelha! Eram de comer e de chorar por mais. Eu, gostava deles fresquinhos, acabadinhos de sair do "acincho"! 
Hoje, deu para matar um pouco essas saudades...claro que não era como o da vovó...mas, pelo bocadito que já lhe falta,      posso dizer-vos...que é uma maravilhosa tentação!
Aqui vos deixo...um regalo para a vista! 

sábado, 12 de março de 2011

O pãozinho caseiro...

Já há algum tempo que não provava um belo pão caseiro...Não estou a falar daqueles pães fabricados naqueles fornos eléctricos...mas sim, naqueles fornos, que felizmente ainda, existem aqui na aldeia. 
Eram nove e meia da manhã, quando comecei a sentir um cheirinho agradável...na minha mente, já trincava aquela côdea com manteiga... e, como já sabem, o quanto gosto do pão acabadinho de sair do forno...presentearam-me com um... feito à "minha medida"...
Aqui fica, não o cheirinho...mas a prova deste saboroso pão caseiro.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Oh "Laurindinha"...

Já há algum tempo que não me vinha à memória, a canção que o meu pai costumava cantarolar... era sempre cantada com muita alegria...e, claro está, gostávamos sempre de o ouvir...A "Laurindinha" fez parte das nossas vidas...e, penso eu, que não há ninguém que não a saiba cantar!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Há quem tenha pavor de ir ao sótão da sua casa, só para não ter de remexer nas caixas cobertas de pó que se amontoam por todo o espaço... 
Caixas essas, que guardam mil e uma coisas...desde cartas velhinhas, fotografias centenárias, panos de cozinha, panos de linho, loiça, etc.
Hoje foi um daqueles dias, em que nada me apetecia fazer e, parti até ao sótão com a predisposição de o "limpar"... digo "limpar" entre aspas...pois muitas vezes, é mais pegar no que está e... deitar fora...Erro meu, reconheço, pois muitas vezes, encontramos objectos preciosos...como por exemplo, estas duas fotografias bem velhinhas...que pertencem à minha família!



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A janela e o postigo...

Hoje dei por mim a pensar naquela janela magnificamente colocada na rua do Forno...é uma janela antiga e, que por certo já viu muita gente por ela passar,mas será que alguém notou já, a sua presença?...
Durante a minha meninice, ouvi as minhas primas cantarem uma cantiga a que chamavam de "Postigo",como era linda a melodia!...Cantiga de outros tempos e que relatava o namoro"quase"a meio metro de distância...sim, a rapariga no cimo da tal janela e, o rapaz, ao pé do postigo...Era impensável...ele atravessar a porta de entrada...e, muitas vezes, esses "namoricos" acabavam quase sempre em casamento!
Aqui fica a letra da cantiga "épica"!


Postigo








Ò meu amor a quem deste
O teu anel de continhas,
Diz-me com quem repartiste
A amizade que me tinhas.

REFRÃO
Falei contigo da janela p'ro Postigo
Eu falei com ela do Postigo p'ra janela (Bis)

Mentira que não é cedo
Da janela para o jardim,
Mentira que não é tarde
Da janela para o quintal.
REFRÃO
Tenho carta no correio
Ó meu Deus de quem será,
S´é do António não na quero
S´é do José dá-ma cá.
REFRÃO
O meu amor me disse ontem
Qu'eu andava coradinha,
Os anjos do Céu me levem
S'esta cor não é a minha.
REFRÃO
INSTRUMENTAL
REFRÃO

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Regresso ao passado...através das "vestimentas"...

Às vezes gostaríamos que o tempo parasse só para ficarmos presos a uma simples recordação...quem se lembra das típicas"vestimentas" que os nossos avós costumavam vestir? As ditas "ceroulas", as "combinações" e aquelas meias cuidadosamente feitas à mão? Eram outros tempos, é certo...mas a minha avó de oitenta e nove anos, ainda faz, as suas próprias combinações. Fico encantada ao vê-la agarrada àquela máquina de costura muito velhinha e fico irremediavelmente feliz por ter uma super avó assim!
 Aqui ficam algumas fotos interessantes das ditas "vestimentas"...
As meias
"Ceroulas"

"Combinação"

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

 Ouvir...uma melodia é lembrar momentos e sonhar...bem alto...

Recordações...

Hoje acordei... a ouvir  o vento a sussurrar...e, mal abri a janela, vi que hoje tinha a companhia do vento, da chuva e também da neve...como ia saber bem, ficar aconchegada naquela mantinha velhinha que era da avó e, ao pé da lareira! Fez-me lembrar outros tempos...


                                 Cai a neve de mansinho
                                Produzindo branca teia,
                                A cobrir da cor do linho
                                As casas da minha aldeia.
                                                                             Como sendo seu costume
                                                                             A velhinha cá da Beira,
                                                                             Vai à lenha, acende o lume,
                                                                             Faz vibrar uma fogueira.
                                  Depois vai saboreando
                                  O calor zeloso e terno,
                                  Lá fora o vento uivando
                                  Mede forças com o Inverno.
                                                                             Como ela fica contente
                                                                             À volta desta braseira,
                                                                             Cortejada docemente
                                                                             Por tão nobre companheira.
                                  Se os netinhos lá estão
                                  Ainda sente mais alegria,
                                  Palpita-lhe o coração
                                  No passar de cada dia.
                                                                             Oh que bom ter o conforto,
                                                                             Debaixo deste telhado,
                                                                             Onde o ramo mesmo torto
                                                                             Nos dá fogo redobrado.
                                  Brilha a brasa na lareira
                                  Sempre, sempre a crepitar,
                                  Louvada seja a fogueira
                                  Que aquece o nosso lar.
                                                                               RAMA LYON